O maior mentiroso do planeta

Se você quiser rir com as estórias do maior mentiroso do planeta, e ao mesmo tempo, aprender um pouco de história, visite o blog http://rodolphochimentao.blogspot.com.

O blog, de autoria do escritor e tradutor Carlos de Paula, contém uma série de estórias de um exagerado homem que se diz Conde, e que de uma forma ou outra consegue se inserir em importantes fatos históricos, como a Revolução de 64, a ida do Homem à Lua e a Copa do Mundo de 1950. Dele seria o recorde da pista antiga de Interlagos, foi ele que chegou ao topo do Everest pela primeira vez, e quem deu a ideia para criação da Disneylandia, entre outros feitos.

O vivo “Conde” cuida de chamar de amigos do peito somente pessoas já mortas, que não podem comprovar ou negar as suas estórias. Além disso, o hiperbólico nobre alega saber um número sem fim de idiomas, ter diversos diplomas universitários, e tocar dezenas de instrumentos musicais. Os números nunca são os mesmos, de post para post.

Atualmente o blog tem umas cinquenta estorinhas, todas curtas. O difícil é descobrir o que é verdade (e tem muita verdade lá) e o que é mentira.

 

DIOGO MAINARDI: O NOVO PF OU BABACA-MOR DA NAÇÃO?

 

TEXTO ESCRITO EM 2003

 

  Confesso que parei de ler a Veja devido a um ritual masoquista, que me assombrava semanalmente. Abria a revista nas últimas páginas para ver se a coluna de Diogo Mainardi tinha sido finalmente cortada da revista. Descobria que ainda estava ali e acabava lendo o infeliz texto. Via de regra me irritava, e muitas vezes acabava gastando tempo e escrevendo uma carta à redação, questionando as idéias preconceituosas, ofensivas e presunçosas do escriba. Na semana seguinte, logicamente, não só deixavam de publicar o meu protesto, mas supreendentemente acabavam incluindo duas ou três cartas elogiando exageradamente a coluneta.

Cheguei então a duas conclusões, uma paranóica, outra lógica: sou a única pessoa do mundo que não se deleita com as colunas do Diogo Mainardi, ou então, ele goza de muito prestígio na redação da Veja. Escolha qual é paranóica, qual é a lógica. Em ambos os casos, estou ciente de que não vou me livrar do Diogo tão cedo. Só tive uma opção: simplesmente não ler mais a Veja. Assim mato o mal pela raiz. Você ganhou, Diogo!

Quando digo que Mainardi é o novo PF, não estou dizendo que é a nova Polícia Federal, nem tampouco o novo prato feito, duas expressões normalmente abreviadas como “pf”. Entretanto, a “obra” de Diogo tem elementos das duas expressões, e quando digo obra me refiro àdefinição fecal da palavra. Como polícia, Diogo é o exemplo mais gritante de patrulha … ideológica. Ou seja, considera que qualquer pessoa que não concorda com as suas idéias, que julga tão certas e axiomáticas, deve ser sumariamente achincalhada em público, sem um pingo de fundamentação. Prato feito por que segue uma receita simples que, aparentemente, apraz a um bom número de leitores da Veja. Não há nada de muito original em cada coluna nova: só arroz, feijão, bife e salada em forma de letras, e sem muito tempero.

Quando digo que Mainardi é o novo PF, digo que é o novo Paulo Francis! PF passou grande parte do fim da sua carreira falando mal de tudo e de todos. Um belo dia, se achando imune após xingar meio mundo, pisou no calo de quem não devia e acabou se complicando judicialmente. Na sua caminhada de arrogância, um belo dia Paulo Francis parou de distinguir o objetivo do subjetivo, diga-se de passagem, uma das bases do jornalismo. E complicou-se. Entre as coisas que mais me irritavam sobre o PF era o fato de cuspir no prato onde comia. Adorava falar mal do Brasil e de brasileiros, e era todo elogios para os happenings de Nova York e Paris, esquecendo-se de que eram o Brasil e os brasileiros que pagavam o seu salário. Era um ilustre desconhecido nos meios intelectuais locais de NY e Paris. Não gostava de ser chamado de repórter (pelo menos foi isso que me disse pessoalmente ao telefone, deveras ofendido, no longínquo ano de 1983, ao ser convidado para uma coletiva) mas era exatamente como jornalista e correspondente que ganhava a vida na época. Que me conste, nenhum jornalista deve se ofender com a sugestão de que é um repórter, pelo contrário, deve se orgulhar. Enfim…Diogo não é muito diferente, só muda o território. Para ele, tudo que é brasileiro é chinfrim, bons são a Itália e o primeiro mundo. Esquece-se de que provavelmente não conseguiria sobreviver na península se não fossem os seus empregadores brasileiros e um público aparentemente ávido por suas baboseiras. Che brutto! Pagamos o Diogo para falar mal da gente. Pensando bem, de repente não sou eu o masoquista!

Assim, semana após semana, Diogo trucida políticos, partidos políticos, artistas, acadêmicos, intelectuais, instituições, evangélicos, culinária, anônimos, grupos étnicos, os pobres, os ricos, a classe média, as praias do Brasil, Rio de Janeiro, São Paulo, etc., etc, e tudo mais que ouse cruzar o seu caminho e parece presa fácil. Em um meio conhecido pelo corporativismo, chegou até a arrasar um colega, o conceituado Carlos Heitor Cony, por supostamente ter violado as “diretrizes” da sua patrulha ideológica. A única vez que me lembro ter lido uma coluna positiva do Mainardi, foi um texto sobre um filme de…Diogo Mainardi. Surprise!!! Isto é que é usar a imprensa pro bono suo.

Pelo menos Diogo não tem o hábito entediante de citar Kierkegaard, Sartre e Voltaire a cada duas linhas, como o “saudoso” PF, um bom sinal de que pelo menos não se auto-considera um poço de erudição e guardião-mor da cultura ocidental.

Quando Veja parar de publicar o Diogo Mainardi, me avisem. Estou com saudades do resto da revista, mas não quero mais sofrer.

MAINARDI – THE SHOW GOES ON

ESCRITO EM 2005

 

Normalmente não escrevo sequels dos meus textos. Mas este assunto, suponho, merece um acompanhamento, entre outras coisas, devido ao grande feedback que o meu texto sobre o Diogo Mainardi gera. É um dos meus textos mais lidos. Uma pena, pois não é o melhor, nem tampouco o assunto mais interessante.

Primeiramente, confirmo que realmente não leio a coluneta maiardística desde que escrevi a minha crônica original em 2003. Não estava sendo dissimulado quando disse que pararia de ler seus textos – realmente abandonei o hábito nefasto há muito tempo atrás. Cheguei à conclusão de que ler as flatulências literárias de Mainardi em nada contribuiria para a minha vida. Portanto, se o dito cujo mudou alguma coisa no seu comportamento nas páginas da Veja nesse intervalo, só fico sabendo através dos meus correspondentes.

Segundo, é preciso frisar que, conforme intuía, não sou o único a não morrer de amores pelos escritos de Dioguito. Diria, grosso modo, que 40% dos e-mails que recebi até hoje sobre o assunto dão suporte ao meu ponto de vista, e 60%, ao Angry Young Man ítalowannabetupiniquim. Os dois grupos têm no geral comportamentos bem distintos. Normalmente, os que dão suporte à minha opinião escrevem suas idéias de uma maneira eloqüente, articulada, educada e ordenada. Por outro lado, muitos desafetos me xingam grosseiramente, até com palavras de baixo calão, tratam o DM como se fosse um rock star ou time de futebol, utilizam a costumeira linguagem de frases de efeito, chavões e sentenças desconexas dos chatroom. Enfim demonstram parco comando do idioma pátrio e pouca estrutura intelectual. Somente poucos mainardistas parecem estar interessados em algo que chegue perto de diálogo inteligente ou demonstram saber o que vem a ser uma opinião fundamentada. Ou seja, são verdadeira reflexão do modus operandi do idolatradoescrevinhador!

Aparentemente, a retórica de DM mudou nos últimos tempos. Segundo meus informantes, DM dedica quase todas as suas colunas a críticas contra Lula e ao seu governo. Muitos julgam que isto faz dele um salvador da pátria. Que eu me lembre, na época em que lia as faux-polêmicas de Mainardi, antes das eleições de 2002, Diogo parecia nem saber quem era Lula.  Quem sabe na época achava que lula só era um delicioso crustáceo, invariavelmente destinado à milanesa. Provavelmente nem isso, pois haja vista a obsessão peninsular do escriba, é possível que nem lula à milanesa existisse no seu vernáculo, só calamari fritti! Na época em que lia o DM, as suas vítimas prediletas eram pessoas fora do seu círculo íntimo, todas as cidades brasileiras, o Brasil de um modo geral, tudo que fosse brasileiro e tudo que não fosse italiano, evangélicos, o Carlos Heitor Cony, e tutti quanti, menos Lula. Portanto, DM poderia ter sido útil para o Brasil na sua cruzada anti-Lula, se não fosse mero profeta a posteriori, convenhamos, uma contradição de termos. A grande debilidade de um governo Lula era plenamente previsível, mas a imprensa de viés esquerdista no Brasil preferiu não enfatizá-la na fase pré-eleição:  fácil é ser oposição, o difícil é governar!!! E DM também não explorou o óbvio descasamento entre retórica guevarista e governança moderna num mundo globalizado. Que agora DM seja considerado por seus asseclas o salvador da nação me parece, na melhor das hipóteses, ingênuo e indicativo de curtíssima memória.

Supostamente o grande colpo di scena de DM foi divagar sobre as proclividades etílicas do chefe-executivo, seu grande “furo”. Onde reside o mérito disso, não sei. Acho que a grande diferença entre Lula e muitos outros políticos é a procedência do objeto do vezo: para o primeiro, os singelos canaviais da Terra Brasilis, para os outros, os sinistros e sombrios campos da Escócia. Curto e grosseiramente: tomar porre de scotch, como faz a elite, e de pinga, como faz o povão, é a mesma coisa!

Alguns desavisados consideram DM o brilhante Silvio Romero da nova geração. Entretanto, o suposto polemismo praticado por DM não existe. O polemismo garantia a tiragem de muitas publicações no século XIX e começo do Século XX, era o Casseta e Planeta dos letrados e fez muitos nomes na literatura e intelectualidade brasileira, inclusive Machado de Assis e Assis Chateaubriand. Entretanto, o polemismo sempre tinha ida e volta. As polêmicas eram travadas entre interlocutores, e DM não os tem. De fato, cuida-se em grande parte de restringir os objetos da sua verborragia a pessoas que não tenham como travar um embate gráfico no qual possa sair perdendo (salvo exceção do Cony, que aparentemente não comprou a briga). Afinal de contas, o presidente do país pode ter muito poder, mas não tem coluna em jornal ou revista para contra-argumentar. Que fazer, usar o DOU como veículo? Portanto, que tipo de polêmica é essa?

Além disso, Mainardi está longe de ser uma pessoa engraçada, como o Zé Simão ou o Luis Fernando Veríssimo, por exemplo. Seus textos sempre transmitiram para mim muita amargura e revolta, são acres como regurgitação, nada mais. DM restringe-se a chocar, e não oferecenenhuma solução para os problemas que identifica. Enquanto estiver se restringindo ao subjetivo, permanecerá incólume, mas o dia que cruzar o limiar do objetivo

Fiquei chateado quando recebi um e-mail de uma garota de 16 anos, que dizia sentir-se mais culta toda vez que lia o DM!!! Tadinha da moçoila! É a mesma coisa uma pessoa achar que degustou uma refeição gourmet após engolir um BigMac às pressas e de pé!

Embora eu não esteja enquadrado numa maioria (que parece apoiar o DM), o meu grupo é suficientemente grande para ser ouvido (40 %). Que eu saiba, a Veja ainda parece se furtar de publicar cartas contra o seu Colunista-Estrela, mas acho que poderia certamente dinamizar o desejado fenômeno mainardista e até aumentar a sua tiragem de banca. Por que não liberam a página inteira na qual aparece a coluna do DM: metade para a coluna da semana, e outra metade para aqueles que se opõem à visão e/ou método do escriba? Limitem os melosos elogios à seção de cartas. Garanto que a coisa ficaria muito mais interessante.

Quem sabe, se muitos fizerem a sugestão, a Veja chegue à conclusão de que o DM está longe de ser a eminência parda e unanimidade da intelectualidade brasileira que desejam criar, que ainda há pessoas que pensam no País. Poderiam assim contribuir um pouco para a vida cívica e cultural do Brasil.

MAINARDI FORA DA VEJA – LEGAL!!!!!!!!!!!!!

Fotos nuas secretas e exclusivas da Caroline Dickman


Pois é a foto foi tirada no escuro.

Antes de mais nada, crie vergonha na cara, marmanjo, e deixe a Caroline e outras celebridades em paz!!! Você gostaria que saíssem publicando fotos suas pelado e publicassem na Internet? Não, né? Então, não faça com os outros o que não quer que façam com você!

Tome um banho frio

Babaquice confessada

Difícil confessar as nossas babaquices. Vamos lá.

Eu gostava de rock. Era roqueiro, e não abria. Música de discoteca, dizia eu, não valia absolutamente nada. Fiquei mais velho, e não sei se por causa da forma como a música popular evoluiu – ou “desenvoluiu” – de repente comecei a achar disco legal. Certamente muito melhor do que rap, hip-hop, reggaeton e funk moderno. Comecei a admitir que gostava de algumas músicas de discoteca, depois muitas, de repente quase todas!!! Saí do armário musical!

A mesma coisa om o ABBA. Dizia que era um horror, para os outros dizia que era cafoníssimo. Daí comecei a achar Dancing Queen legal, depois Fernando. O resto já sabem.

A pior de todas. Desta tenho vergonha. No começo o Youtube não tinha muita coisa, pouco a pouco começaram a aparecer videos de transmissões de TV antigas. Primeiro me certifiquei se não tinha ninguém por perto, daí procurei se não havia nenhum videozinho de uma música que o Silvio Santos cantava no começo do seu programa de calouros “É coisa nossa” etc. Já imaginou, eu admitir que gostava de alguma coisa do programa do SS?

Achei, me deleitei. Fiquei grudado na tela. Depois, quando acabou, me veio um sentimento de culpa, como se tivesse acabado de ver cinco filmes pornô dos mais cabeludos!

O pior vem a seguir. Todo sentimento de culpa se esvaiu quando descobri que a música era do Jorge Ben! Perdi toda vergonha de cantarolar a dita cuja, o Jorge limpou a minha barra!!!

Quem sabe algum dia confesso que gosto de uma música da Xuxa.